A ansiedade em tempos de pós-pandemia
A experiência clínica
mostra que haveria sim uma saída pela Psicanálise. A aposta clínica, portanto,
é que seja possível escutar a verdade trazida pelo sujeito por detrás das
demandas dos ditos sintomas. Consideram-se alguns “gatilhos” como sendo parte do
processo daquilo que chamamos de “repetição” na ansiedade.
Vejamos algumas distinções:
·
Medo: ligado a alguma experiência que
pode ser nomeada (objeto)
·
Ansiedade: (objeto) se perde por uma
indeterminação, não se sabe nomear
·
Angústia: quadro para além da
ansiedade, como pânico, basicamente seguida de ações, como num ritual
Pretende-se, a partir desse texto, partindo de uma visão sobre o
sujeito da clínica, propor uma breve análise sobre seus desdobramentos
através de sua própria experiência, com seus “sintomas” e suas significações.
Na atualidade, a clínica contemporânea tende a desconsiderar as “causas”
escondidas, por sintomas e construção de diagnósticos. O que incita o analista,
então, é a função de trazer à luz, a partir de sua fala, uma escuta de um saber
inconsciente explicitado para além dos rótulos diagnósticos, priorizando sua
“verdade” e para que, assim, este possa caminhar na direção do seu próprio
tratamento.
Autora: Valdirene de Morais Moura
- CRP 06/148088
Psicóloga, pós graduada no curso de
Psicanálise e os desafios da contemporaneidade (Anhanguera), Aluna especial do
programa de Psicologia clínica IPUSP. Pós-graduanda em psicopatologia
fundamental e saúde pública da faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São
Paulo. Atua como psicóloga clínica na PsicoVida com crianças, adolescentes,
adultos e idosos. Foi estagiária do CAPS e atua como psicóloga clínica com
abordagem psicanalítica.
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