Um filho para o desejo de quem?
Recentemente, a maternidade se mostra de forma uma romantizada e de diversas formas como:
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Comerciais de televisão;
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Capas de revistas;
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Vídeos de chás revelações;
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Chás de bebê;
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Ensaios fotográficos de gestante
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Ensaios fotográficos newborn
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Ensaios fotográficos de "mêsversário"
O que também me chama atenção para as questões da maternidade, são as suposições de que uma mulher só seria "completa" se ela tivesse um filho(a), ou que por nascer mulher, necessariamente teria o desejo de ser mãe.
Se imaginarmos a cena de uma mulher que se casa, logo fica
possível ver ela se deparando com a pergunta: “Quando vem um bebê?”
O livro “Um amor conquistado: o mito do amor materno”, de Elisabeth Badinter traz luz às questões do amor materno: "O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire".
As
experiências das mulheres constataram que não é apenas por seu aparato
biológico que se justifica o amor pelo seu filho. O que não significa que não
precisa de um corpo biológico para gestar ou sustentar um bebê, mas nascer com
corpo de fêmea humana garante que uma mulher tenha o desejo natural ser mãe?
Sabe-se que
ter um filho pode ser recompensador, pode fazer com que homens e mulheres se
localizem de forma valorosa em uma sociedade, mas podemos nos perguntar se ter
filhos é um investimento afetivo estimado à todxs? O que fica de importante sobre esta questão complexa, é que cada
uma, dentro de si, analise suas razões para ter ou não um filho e se definir
tê-lo, que seja por seus desejos e
não de um social que atribui à mulher o "divino" de carregar um
filho.
Kimberlly Stephanie Médice Batista
Psicóloga clínica, CRP 06/149293. Especializanda em Teoria Psicanalítica pela PUC-SP. Atua na área clínica. Coordenadora na PsicoVida.
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