AMOR, AQUELE SEM O QUAL NÃO SOBREVIVERÍAMOS.
A ideia de Amor é trabalhada pelos poetas, pela arte e também pelo nosso ideal do que é o amor.
Quando dou o título do texto de: Amor, aquele sem o qual não sobreviveríamos. Não o fiz pensando no amor romântico, mas na maneira pela qual fizemos uso do amor. Em outras palavras, de quanto precisamos dele para nos fundar enquanto sujeitos, seja pela primeira sustentação que quem nos criou ofereceu ou por nossa capacidade de devolver tais investimentos a outras pessoas e coisas.
O amor não vem puro, separado do ódio. E é disso que sinto que precisamos falar.
Freud, no decorrer de sua obra apresentou algumas considerações sobre o amor, uma delas é que o amor rebaixa o amor próprio. Em outras palavras, quem ama coloca no outro a sua própria energia, retirando de si investimentos de libido, consequentemente ficando empobrecido de amor-próprio.
Vale lembrar que amamos com bases:
- Nas figuras que fizeram parte das nossas primeiras experiências de vida;
- Em quem já somos um dia;
- E também em quem gostaríamos de ser.
Dito isto, não fica difícil imaginar o quanto que uma relação com outro, esta que estamos chamando de amor, pode acarretar em inseguranças, incertezas, desencontros e etc.
Por outro lado, a partir dos impasses que o amor nos convoca, acredito que seja possível extrair e criar novas formas de lidar com estes sentimentos.
A psicanalista Maria Homem compartillhou em suas redes sociais uma ideia através de uma frase, que vai de encontro o que estou querendo dizer aqui:
O atrito com o outro faz a vida mais interessante. Por isso eu acredito no amor
De outro lado, a psicanalista Ana Suy complementa: Amar é sobretudo sustentar uma diferença.
Acredito que o amor seja sobre fazer uso do que ele nos coloca como questões. É sobre conseguir amar, e ser amado, não sem perdas e não sem ambivalencia.
Pois, em última instância, precisamos amar para não adoecermos, como bem disse o Sr. Freud.
Com tudo isso, eu desejo que vocês tenham a quem amar.
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