COMO PROMOVER ACEITAÇÃO CORPORAL?



O afeto correlacionado ao alimentar-se está vinculado normalmente às nossas primeiras relações. Inicialmente, na maternagem, onde, ocorre o aleitamento. Algumas crianças que sofreram falhas precoces na interação das funções maternas no processo maturacional da saciedade podem recorrer uma substituição do objeto faltante em seu mundo interno através da alimentação em demasiado ou na sua privação influenciando, portanto a aceitação corporal.

Os indivíduos que vivenciaram sentimentos de desamparo e angústia perante um cuidado primário não suficientemente adequado podem desencadear dificuldades na elaboração da ansiedade, sofrimentos intrínsecos e frustrações diversas. Conduzindo-o ao desenvolvimento de transtornos alimentares, como: 

  • bulimia, 
  • anorexia,
  • compulsão alimentar,
  • entre outros quadros.

No entanto, compor um corpo gordo ou magérrimo não caracteriza um viabilização do sintoma. Já que, devemos respeitar a singularidade do sujeito, considerando os fatores: biotipo físico, genética e metabolismo...
Portanto, para promover a aceitação corporal precisamos compreender às influências multifatoriais:

  • sociocultural ou social, 
  • familiares, 
  • psíquicas,
  • entre outros.

Nossa imagem corporal é constituída pela percepção de si mesmo, mas com inferências do nosso convívio familiar, e hoje, sob o olhar das mídias sociais.
Precisamos desmitificar que somente o corpo magro é sinônimo de saúde, beleza e ascensão social. Ao repensarmos, porque o olhar do outro determinam a aprovação ou negação da sua imagem corporal. Saberemos que a subjetividade consistiu-se a partir da troca com o meio social, mas, há transformações determinantes ao compreendermos nossos desejos e internalizarmos que todo excesso perfaz uma falta. 
Após investigarmos tais introjeções e validarmos nossas dores psíquicas, poderemos apropriarmo-nos desse corpo real, possibilitando uma desconstrução dos padrões ofertados. E perante um olhar acolhedor ao corpo que compõem nossa história, caminharemos à aceitação corporal.


Marília Cristina de Carvalho Paschoalinoto
Psicóloga, CRP 06/136720. Formada em 2016 pela Universidade Paulista. Atua como Psicóloga Clínica com orientação psicanalítica e acompanhante terapêutico, com experiência em atendimentos de crianças, adolescentes, adultos, idosos e casais. Dispõe de vivências clínicas no desenvolvimento psíquico de pacientes com questões voltadas à ansiedade, depressão, entre outros transtornos mentais.

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