A ansiedade em tempos de pós-pandemia
Estamos há mais dois anos e meio de pandemia, e com ela o agravamento do adoecimento psíquico. A psicologia clínica vem se adaptando às práticas de um novo movimento, uma “nova” demanda, em que os sujeitos estão cada vez mais ansiosos. Pesquisas apontam que em média 10% da população sofrem com transtornos do espectro da ansiedade. Seria, então, algo orgânico? Seria algo “tratável” pela Psicanálise? A experiência clínica mostra que haveria sim uma saída pela Psicanálise. A aposta clínica, portanto, é que seja possível escutar a verdade trazida pelo sujeito por detrás das demandas dos ditos sintomas. Consideram-se alguns “gatilhos” como sendo parte do processo daquilo que chamamos de “repetição” na ansiedade. Vejamos algumas distinções: · Medo: ligado a alguma experiência que pode ser nomeada (objeto) · Ansiedade: (objeto) se perde por uma indeterminação, não se sabe nomear · Angústia: quadro para além da ansiedade, como pânico, basicamente seguida de